13 de fev. de 2010

No mar como um peixe

Neste primeiro artigo para a revista Mundo Tri, procurei iniciar falando aos nadadores iniciantes e aos que já se acham avançados mas que talvez tenham pulado alguma etapa por não terem orientações de um treinador/técnico, um profissional de educação física especializado no triathlon. Quando falamos de natação no mar ou lago, falamos na maioira das provas de triathlon; então falamos de imprevisibilidade. Num cenário como este, até mesmo nadadores que se consideram experientes - e muitas vezes realmente o são - se tornam aprendizes, então nada como começar do básico.

Sabemos que em uma periodização de treinamento temos vários ciclos, e o primeiro e mais importante deles é o básico ou de base (fase de preparação geral), pois como o nome já diz, é a base do treinamento de toda uma temporada de competições. No ciclo básico preparamos o atleta/cliente nas seguintes esferas:

>> Adaptamos articulações, ligamentos, tendões, músculos e ossos para prevenir lesões futuras;
>> Preparamos coração, pulmões e os sistemas energéticos para estímulos futuros mais fortes;
>> Aumentamos o volume (distância da natação, corrida ou ciclismo) de treinamento com menor desgaste;
>> Corrigimos os movimentos através de educativos para uma maior eficiência mecânica.

Neste período são percebidos as maiores mudanças no organismo: bradicardia (redução dos batimentos cardíacos), emagrecimento, maior disposição para atividades diárias, melhora no humor, entre outros

Todos esses benefícios que citei acima e muitos outros que poderia citar nos levam a pensar em movimentos específicos: nadar por horas durante dias, pedalar muitos quilomêtros ou correr como "forrest gump". Isso é sofrimento, inclusive no inicio, e muitas vezes perigoso. Voltaremos agora para a natação no mar, que é o nosso foco neste artigo.

Imagine só um nadador com um excelente condicionamento físico. O cara é "O Nadador". Resolve começar nadar no mar de uma hora para outra. Ele sentirá correnteza, ondulções variadas, cãibras pela mudança de temperatura e aumento de esforço que terá de fazer pela instabilidade do mar, náuseas, beberá água por respirar como se nadasse na piscina, se mudar a posição da cabeça, sentirá dores e fadiga no pescoço por não estar acostumado à respiração frontal, e para terminar, pode até mesmo se afogar por fadiga.

O que aconselho para ter sucesso em seus treinos é que:
1°- procure um treinador/técnico de triathlon pois este te dará todas as orientações sobre o nado;
2° - nunca nade sozinho (tenha a companhia de outro que saiba nadar, o acompanhando sobre caiaque ou prancha);
3°- não vá para o mar com o compromisso de fazer distâncias  e tempos, continue treinando na piscina e faça um treinamento complementar no mar pelo menos 1 vez a cada 7 dias - o ideal seria todos dias, mas devido à geografia de onde cada um mora, isto fica difícil.

Torne o treino o mais lúdico possível. Brinque, se divirta, trabalhe flutuação com pernas e braços, alterne só com as pernas, só com os braços, nade com 2 pernas e 1 braço , 2 braços e 1 perna, para treinar respiração frontal, leve uma bola e nade olhando para a bola o tempo todo à sua frente (como no polo aquático), sinta o mar, os movimentos da água, observe a natureza, use os educativos da natação no mar e participe de competições pequenas para se ambientar ao novo meio.

Usando esses conselhos, com certeza perceberá em pouco tempo uma melhora em seu nado no mar.
Desejo bons treinos e retornem com seus resultados!!
Saudações


Prof .Mario Jorge Hilarino

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Siga-me

Inscreva-se aqui

cadastre o email aqui

Digite seu endereço de email:

Desenvolvido por: OTreino.com.br