Fonte: Gazeta do Povo
Elas correspondem a apenas 17% dos atletas que participam da 22.ª edição do Sesc Triathlon caiobá, aos poucos, as mulheres aumentam a presença em uma das principais competições do triatlo nacional.
“Já foi bem pior. Na minha estreia, no Paraná havia uma ou duas garotas, além de mim, treinando para as provas”, conta a sócia da BPM, Vanessa Cabrini, que neste ano disputa a categoria principal, em sua 16.ª participação.
Ao todo, em 2010 Vanessa é uma das 120 mulheres no Sesc Triathlon a fazer as provas de natação, ciclismo e corrida, em um total de 714 triatletas, número recorde do evento.
“As mulheres ainda não descobriram o esporte de fato. No profissional, só agora surge uma nova geração pós-Sandra Soldan e Mariana Ohata. No amador, as mulheres ainda vão descobrir que é um esporte que deixa o corpo bonito, modelado com equilíbrio”, diz a atleta.
O “corpão” é um dos resultados que a empresária Ângela Maria Kuroski Kusma, 45 anos, comemora com a prática conjunta dos três esportes. Domingo, participa pela primeira vez do Sesc Triathlon. “Estou na fase do frio na barriga”, fala. Mais do que a boa forma, ela exalta ser exemplo para outras mulheres. “Comecei há dois anos, trouxe amigas. Brinco que sou mãe adotiva delas.”
Ela conta que o marido não demonstra muito, mas sabe que ele se orgulha da esposa triatleta. Diferente do que acontece com a fonoaudióloga Kátia Parreira, de 33 anos, e com a advogada Yanina Huck, de 30. Elas têm marido e namorado, respectivamente, também triatletas que as incentivam constantemente. “Isso facilita bastante o treino”, diz Yanina, que se rendeu ao triatlo há seis anos, quando recebeu o convite de um professor da academia para fazer treinos de ciclismo. “Gosto do fato de fazer treinos ao ar livre. E de poder diversificar. Se um dia não estou com tanta vontade de correr, posso ir para a natação”, fala.
Kátia e o marido, o professor de natação Marcos Parreira, dividem as tarefas e os horários de cuidar da filha Carolina, de 3 anos. “Com o incentivo dele, resolvi estrear neste ano. Ele começa o treino de madrugada para eu treinar de manhã e a Carol fica com o pai”, conta a fonoaudióloga, que desde a infância praticou – e competiu – natação.
Cada vez mais presentes nas competições, elas destacam os benefícios estéticos aos praticantes da modalidade.